sábado, 2 de janeiro de 2010

Ofício de História

Partindo da premissa de que a História é uma “verdade” em constante construção, devemos nos ater ao fato de que essas “verdades”, estão sempre se transformando e se transmutando em novas abordagens e obtendo também a certeza da não persistência de sua dogmatização. Assim, faz-se necessário a analise documental.
Um documento, a partir de sua criação torna-se imutável, mas não devemos deixar que a verdade, que por trás dele se esconde, torne-se intransformável. O documento jamais muda, o que muda são as perguntas e dúvidas sobre ele, e a isso, o historiador deve estar atento. Para a doação do saber, é necessário que o profissional dessa área, esteja em uma jornada de atualização e rememoração do passado. Pois o estudo desse passado, parte das perguntas que fazemos no presente, ante a necessidade da busca da compreensão daquele fato findo. O passado enumera infinitos assuntos, alguns mais ou menos interessantes, é o que determina a sua evocação para a problematização no presente e gera interesse pelo passado.
Evita-se que tal evocação se torne morosa e pouco produtiva, escolhendo-se o que quer se avaliar, ou seja, para lidar com o passado é preciso selecionar. Salva-se dessa maneira de fatos que pouco acrescentam ao que já foi discutido e poupa-se trabalho do historiador.
Da analise de documentos escritos, devemos nos ater ao fato de quem o produziu? Como o produziu? Quando o produziu? Por que o produziu? E nunca nos contentarmos com uma resposta simples e que seja única. A verdade tem múltiplas faces e cabe ao historiador instigar e conhecê-la todas.

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