terça-feira, 17 de março de 2009

De como me tornei um escritor medíocre

Eu sou um escritor medíocre e o fato de que nunca escreverei com a qualidade de quem venero, talvez aumente o buraco no qual me afundo com a mediocridade. Como se sentiria o apóstolo Paulo se em algum momento não imaginasse que iria superar seu mestre de iniciação no cristianismo, o discípulo Pedro? Aí é que está Paulo nunca se preocupou em superar Pedro, o que ocorria é que ele absorveu Pedro em tudo o que pode e de independentemente procurou criar e estruturar com sua formação de vida, o cristianismo primitivo. Dando-lhe nova feição e tornando-se assim um caso quase raro de superação, onde deixou de ser discípulo e tornou-se um mestre honrado. Essa minha estupidez em querer escrever e insistir para que os outros leiam, assemelha-se a medicância, há um estado de subumanidade grotesco e deprimente. A cada texto que posto, me sinto enojado com a atenção e expectativa que peço/imploro/mendigo do leitor. Peço ao caro leitor que perdoe um pequeno e minúsculo arrogante aprendiz de escritor, que nunca será promovido - como um funcionário que trabalha na empresa mais rica e dinâmica do mundo e que nunca vislumbrará a possibilidade de ser promovido - isso faz com que o seu sentimento de insignificância e falta de um papel concreto nessa vida, o domine. Mas, por hora e mais uma vez, apenas imploro a sua atenção para a leitura desse desabafo em prosa.

Um comentário:

  1. Caro Amigo!
    O fato de você escrever já o extrai do mundo dos medíocres, pois para iniciar nessa atividade, automaticamento demonstra que a mediocridade está inteligentemente fora da forma de pensar a respeito do que é certo ou errado, nesta selva em que temos desbravar leitores para cada escrito feito, não cabe somente ao escritor e sim aos que querem ler,ou seja, os leitores.
    Você filosofa tanto ´se torna difícil comentar certos escritos seus.

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